Falando de uma maneira simples, a tipografia é a arte e o processo de estruturar visualmente um texto, o que mais tarde, com o advento das imagens em movimento, foi chamado de tipografia cinética. No cinema mudo, ela tinha um objetivo simples: exibir as falas do filme. As aberturas e os créditos ganhavam mais atenção, recebendo um estilo um pouco mais trabalhado.
Não basta ser bonita, a tipografia deve complementar a narrativa no cinema. Saul Bass foi um dos utilizadores do que se chama “design de animação”. Combinava design gráfico, tipografia e movimento para criar aberturas, como em Psicose, Intriga Internacional e O Homem do Braço de Ouro.
Marcos Buccini Pio Ribeiro, no seu artigo Tipos em Movimento – Análise da Interferência na Tipografia em Créditos de Filmes escreve que, como signo linguístico, a tipografia é lida e compreendida; como imagem ela é vista e interpretada. Esses são dois níveis de compreensão que podem ser transmitidos, podendo interagir de forma a se complementarem ou até mesmo se contradizerem.
Assista a evolução da Tipografia Cinética em aberturas de filmes, com vários exemplos. Na descrição do vídeo, você encontra vários links para outras aberturas de filmes originais. Confere lá!
O site Hypeness publicou um vídeo do designer David Horridge, onde ele reúne as melhores tipografias em entradas de filmes . No Saiba Design há um post completo sobre a arte tipográfica ao longo da história do cinema, muito importante para compreender a relação entre a tipografia e a narrativa cinematográfica. No artigo de Casey Chan, você pode conferir um vídeo sobre como a tipografia saiu do papel e foi parar nas telas.
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